quarta-feira, 24 de abril de 2013
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013
a alegria
domingo, 25 de novembro de 2012
dezesseis de dezembro de mil novecentos e setenta e cinco
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
sexta-feira, 19 de outubro de 2012
terça-feira, 16 de outubro de 2012
ane
terça-feira, 18 de setembro de 2012
do presente
de assis
saudade daquele augusto frederico schimdt de capa azul que ainda mora no sertão. porque eu não moro mais no sertão.
sexta-feira, 31 de agosto de 2012
quarta-feira, 29 de agosto de 2012
Nicolás Guillén
Um poema de amor
Não sei. Ignoro-o.
Desconheço todo o tempo que andei
sem encontrá-la novamente.
Quem sabe um século? Talvez.
Talvez um pouco menos: noventa e nove anos.
Ou um mês. Poderia ser. De qualquer forma
um tempo enorme, enorme, enorme.
Ao fim como uma rosa súbita,
repentina campânula tremendo,
a notícia.
Saber de pronto
que ia voltar a vê-la, que a teria
perto, tangível, real, como nos sonhos.
Que troar surdo
Rodando-me nas veias,
estalando lá em cima
sob meu sangue, em uma
noturna tempestade!
E o achado, em seguida? E a maneira
como ninguém compreenderia
que essa é nossa própria maneira?
Um roçar apenas, um contato elétrico,
um apertão conspiratório, uma olhada,
um palpitar do coração
gritando, ululando com silenciosa voz.
Depois
(já o sabeis desde os quinze anos)
esse ruflar das palavras presas,
palavras de olhos baixos,
penitenciais,
entre testemunhas inimigas,
ainda
um amor de “o amo”
de “você”, de “bem gostaria,
mas é impossível…” De “não podemos,
não, você deve pensar melhor…”
É um amor assim,
é um amor de abismo na primavera,
cortês, cordial, feliz, fatal.
A despedida, logo,
genérica,
no turbilhão dos amigos.
Vê-la partir e amá-la como nunca;
e já sem olhos seguir a vê-la ao longe,
lá longe, e ainda segui-la
ainda mais longe,
feita de noite,
de mordida, beijo, insônia,
veneno, êxtase, convulsão,
suspiro, sangue, morte…
Feita
dessa substância conhecida
com que amassamos uma estrela.
ba da ba da da da da da da e a macacada
um homme et une femme
(paroles: pierre barouh// musique: frances lai)
Comme nos voix ba da ba da da da da da da
Chantent tout bas ba da ba da da da da da da
Nos cœurs y voient ba da ba da da da da da da
Comme une chance comme un espoir
Comme nos voix ba da ba da da da da da da
Nos cœurs y croient ba da ba da da da da da da
Encore une fois ba da ba da da da da da da
Tout recommence, la vie repart
Combien de joies
Bien des drames
Et voilà !
C'est une longue histoire
Un homme
Une femme
Ont forgé la trame du hasard.
Comme nos voix
Nos cœurs y voient
Encore une fois
Comme une chance
Comme un espoir.
Comme nos voix
Nos cœurs en joie
On fait le choix
D'une romance
Qui passait là.
Chance qui passait là
Chance pour toi et moi ba da ba da da da da da da
Toi et moi ba da ba da da da da da da
Toi et Toi et moi.
sexta-feira, 24 de agosto de 2012
quinta-feira, 16 de agosto de 2012
dele
ele é a minha paz. essa cara redonda, os cabelos pretos, a pele braaanca e as bochechas rosadas como duas bolas de fogo. olhos puxadinhos que ninguém sabe de onde vieram. as dobrinhas na nuca, as mãozinhas gordas, os pés. e daí que tem dentinhos tortos? e daí? ninguém liga pra isso aqui, não. ele enche os colos por onde passeia, os colos dos homens, das mulhres, das crianças, todos querem inundar-se dele. as mulheres dizem 'como ele é bonzinho... ' (hoje mesmo enquanto eu me arrumava ouvi uma delas) e suspiram... (eu também suspiro...) e se derretem todas enquanto tecem suas previsões de um futuro que ninguém sabe. eu só sei que ele leva embora todas as dores, as cólicas, as costas cansadas, os ombros cansados. a contabilidade da vida geral, a profundidade do meu vinco entre as sobrancelhas, a tristeza daquelas flores no vestido de madeira. ela sempre se alegrava quando o via, soltava sua estridente risada característica, um hu-hu-hu-hu-hu esquisitíssimo, depois, dizia 'oooolha!' e abria os braços para recebê-lo, enquanto, sempre, sempre, perguntava 'quem é esse menino gordo?' esse menino gordo é a paz, querida. é a paz esse menino gordo.
segunda-feira, 13 de agosto de 2012
das ideias ou das obsessões (são dois lados)
sexta-feira, 10 de agosto de 2012
do céu, do inferno e do diabo, que espreita por uma frincha e tem ouvido fino que nem violino
quinta-feira, 9 de agosto de 2012
sábado, 4 de agosto de 2012
da botânica e de agosto
quinta-feira, 2 de agosto de 2012
'nem quero você enfeite do meu ser'
tenho me encantado muito.
segunda-feira, 30 de julho de 2012
da escrita ou da compreensão
segunda-feira, 23 de julho de 2012
da vida
sexta-feira, 20 de julho de 2012
da memória
quarta-feira, 18 de julho de 2012
domingo, 1 de julho de 2012
30 DE JUNIO DE 2012 : EL MINUTO MÁS LARGO DEL AÑO!
30 DE JUNIO DE 2012 : EL MINUTO MÁS LARGO DEL AÑO!
El último minuto del mes de junio 2012 contará con 61 segundos. Una manera de permitir al tiempo universal definido por los relojes atómicos de compensar su adelanto sobre el que alinea su ritmo en la rotación de la Tierra, mucho más iregular. En “tiempo universal” el pasar del 30 de junio al 1ro de julio no se hará, como de costumbre a las “23h59 et 59 segundos”, sino las "23h59 et 60 segundos".
(copiado da página do facebook da TV5 MONDE LATINA)
sexta-feira, 29 de junho de 2012
das gentes
eu tenho preguiça da maioria das pessoas que eu conheço. eu não sei se estou ficando chata ou se sempre fui, mas poucas pessoas nesta vida me dão vontade de conviver. na grande parte do meu tempo eu prefiro coexistir com coisas e com as minhas lembranças. gente cansa.
terça-feira, 19 de junho de 2012
quarta-feira, 13 de junho de 2012
quinta-feira, 24 de maio de 2012
sexta-feira, 18 de maio de 2012
sábado, 5 de maio de 2012
terça-feira, 10 de abril de 2012
sexta-feira, 6 de abril de 2012
domingo, 11 de março de 2012
sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
'estrada de rei', islândia, 2010
.
.
você me ama?
sim, eu te amo.
você me ama mesmo?
sim, eu te amo mesmo.
quanto você me ama?
eu te amo mais que demais.
(silêncio)
e se mais que demais não for suficiente pra mim?
isso já é problema teu.
.
.
.
sábado, 3 de dezembro de 2011
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
domingo, 18 de setembro de 2011
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
2008 hoje
em dias assim, inchume-do-peito, até os barulhos dos sacos plásticos amarrotados pelo vento me fazem doer os ossos dos seios. e eu posso ouvir uma faísca saltando do teu cigarro, da brasa do teu cigarro, desse fumo bêbado que a tua boca suga a espaços-sem-alma de distâncias de mim.
me faz estalar o coração.
e dói tanto que eu não sinto mais.
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
quinta-feira, 28 de julho de 2011
bukowski
"déchirés par un tourbillon
on se remet ensemble
vérifie les murs et le plafond à la recherche des fissures
et des éternelles araignées
se demande s'il y aura encore une autre
femme
et maintenant 40 000 mouches courent sur les bras de mon
âme
et chantent
j'ai trouvé un bébé d'un million de dollars
dans une boutique à
5 et 10 sous
les bras de mon âme ?
des mouches ?
qui chantent ?
qu'est-ce que c'est que ces
conneries ?
c'est si facile d'être un poète
et si dur d'être
un homme."
(40 000 mouches)
domingo, 17 de julho de 2011
Memórias do Mar Preto: Uma versão poética de algo que não deu certo
Memórias do Mar Preto: Uma versão poética de algo que não deu certo: "Dessa vez desço a serra para não voltar mais. Enterro os meus pés na areia e me lavo nessa água preta (que os babacas costumam chamar de pet..."
domingo, 26 de junho de 2011
sábado, 5 de fevereiro de 2011
al berto
E ao anoitecer
e ao anoitecer adquires nome de ilha ou de vulcão
deixas viver sobre a pele uma criança de lume
e na fria lava da noite ensinas ao corpo
a paciência o amor o abandono das palavras
o silêncio
e a difícil arte da melancolia
quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
domingo, 23 de janeiro de 2011
debrum, houaiss 3.1: a margem de uma ferida cicratizante
".... quando, como quem faz a última coisa possível, escrevia aquele poema..."
sábado, 25 de dezembro de 2010
sábado, 27 de novembro de 2010
domingo, 19 de setembro de 2010
só por hj
Acreditei que se amasse de novo
esqueceria outros
pelo menos três ou quatro rostos que amei
Num delírio de arquivística
organizei a memória em alfabetos
como quem conta carneiros e amansa
no entanto flanco aberto não esqueço
e amo em ti os outros rostos
Ana Cristina César
(em Contagem regressiva - Inéditos e Dispersos)
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
sábado, 31 de julho de 2010
quinta-feira, 15 de julho de 2010
domingo, 4 de abril de 2010
sem data
meu cinzeiro está cheio de pontas
dos cigarros
que eu não terminei
espero pela chegada de uma pessoa
que sei
só me virá em sua última hora
o vento forma uma nuvem no céu
preta gorda enorme.
pairada
minha tia arrasta os chinelos para cá
arrasta os chinelos para lá
a criança chora, chuta a porta,
faz uma birra daquelas.
apanha .
eu guardo as meninas
perco a hora
e gasto todo o meu tempo a ganhar dinheiros
riqueza é mesmo coisa para a minha vó.
sexta-feira, 26 de março de 2010
domingo, 14 de março de 2010
se eu pudesse voltar no tempo, voltava pra um domingo qualquer
um dia de domingo. um domingo qualquer no sertão. sem festa, sem encontro, coração batedeira, campainha tocando trazendo o grande amor aos pés da porta. eu voltava pra um domingo qualquer. aquele ar parado. aquele ar quente e parado. o que é que eu vou comer no almoço hoje? o que vou fazer o dia todo? um cinema? sorveteria? cervejas pretas no boteco ao lado da padaria doçura?, onde a balconista pegava o queijo com a mão pra vender pra gente. será ele passa de bicicleta na avenida dom antônio? vou ficar na janela até ele passar. mesmo que ele não passe, como não passou ontem também. a nina, menina, sentada no sofá da sala, ocupando o espaço onde alguém queria esticar as pernas. sai daqui, boneca de pano. ela reclamava, xingava as pernas compridas, folgadas e compridas, era tão brava quanto vermelha, a menina nina. uma porta batendo. outra porta batendo mais. era uma das meninas que acabava de acordar. papéis espalhados por cima da mesa, outra delas havia estado ali por toda a manhã quieta. de repente, do quarto saía mais uma. óculos e cabelos em caracol. de onde você tirou esses cabelos em caracol? eu voltava pra esse dia. justo pra ele. sentava numa rede rosa, acendia meu pito e ali ficava. só vendo vocês sendo vocês e nós reclamando do tempo pesado, do ar morno e grosso, do tédio carregado daquele dia perdido. no sertão.
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
10:20
Se não existisse essa tecla delete no meu computador eu seria mais triste do que comumente sou. É de alívio poder apagar-se. Mas isso é mentira e também não funciona. Eu apenas gosto de me enganar e fingir que as coisas dóem menos e se rompem quando deixam de ser vistas. A ausência do registro não determina o extravio do que foi sentido. E isso é uma merda, senhor.
sábado, 26 de dezembro de 2009
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
sábado, 14 de novembro de 2009
domingo, 25 de outubro de 2009
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
11:14. eu olho no relógio. eu olho no relógio o tempo todo. ela me chama pra almoçar. tá na hora. e eu me canso. e viro uma coisa de fábrica, produção em grande escala. fecho as janelas e me escondo? não. eu posso, por um acaso, me dar ao luxo de sair dos palcos? não. e canso mais. sempre. vou me cansando a cada nova cara na porta, a cada nota que recebo. que me desfazer delas é quase alívio.
11:18. tinha aquela lista sem final (pra mim é tudo sem final) que escrevi correndo entre uma refeição e outra (odeio refeições. comer. mastigar, engolir, querer que volte). a bundinha dura vai ficar pra depois, pra bem mais tarde. quando o que eu for deixar de ser o que essa bundinha esconde. vai ficar pra nunca mais? não sei. a gente muda, né? quando menos se espera nos vendemos por meio trocado. e nem nos arrependemos depois. comigo não: 'comigo não'. mais.
11:23. peguei um tic-tac redondo. defeito congênito. sorte nossa (minha e dele, do tic-tac anômalo) ele ter escapado à seleção dos olhos vigilantes. ele era exatamente do tamanho do meu desejo.
11:25. o chaveiro acabou de sair daqui. tirou da porta a chave que meu pai tentou encaixar na porta errada. demorou menos de 4 minutos. ‘é só a mão-de-obra, moça: 20 reais’. meu deus!, até a fumaça estancou na garganta. por essa, não senti alívio nenhum. a gente se desconstrói.
11:29. meu pai sempre erra as portas.
11:30. a menina vem me mostrar a boneca nova. magra magra magra magra. vestidão pink de festa, cabelão loiro e compriiiiiiiiido. linda? linda? linda? linda?
11:31. ouço os passos vindo pra me re-avisar que o almoço está pronto. adianta dizer que os tempos não são iguais? sinto cansaço.
terça-feira, 6 de outubro de 2009
ontem
Uma manhã pra mim. sem candidatos retestes ou chatices afins. Mas sem aproveitamento também. Fumei não sei quantos cigarros (tenho medo de contar as bitucas do cinzeiro), não consegui tomar café da manhã (sentia falta de desejo), perdi muito tempo na internet (como sempre) vendo nada. O que me salva são uns movimentos peristálticos que percebo agora, anunciando, talvez, uma possibilidade de evacuação (Eva-cu-ação). Eu tento, então.
Olha, eu tenho tantas coisas dentro de mim. e se eu tivesse tempo, fico pensando que, talvez, poderia fazer alguma coisa boa, alguma coisa realmente boa. Um bom poema que fosse, um único bom poema que fosse. As idéias vivem trancadas aqui dentro (pensei seria redundante dizer trancadas aqui dentro, mas, depois, descobri que não: elas poderiam também estar trancadas lá fora – o que seria mais difícil ainda. Ou não? Seria mais difícil se elas estivessem lá fora do que é agora, com elas presas no lado de dentro? Lá fora é mais longe que aqui, junto? E o que seria mais cruel?)
Cru.
Aqui está calor. Eu não tenho vontade de fumar. Mas também não tenho vontade de não fumar. E as pessoas por aí perdem tanto tempo debatendo coisas tão desimportantes. Que a minha beleza eu não canso mais com isso, não. Eu falo simples: deixa de lado os papéis de ontem, que a vida é viva. E só pronto acabou.
Ela me falou assim: ‘ele te transformaria numa nova mulher. Pareceria uma leõa’. “hã?” ‘é, uma mulher assim... uma leõa’. “ah, pereceria uma leõa, pensei”.
Eu não quero passar. Um dia meus cabelos vão ficar mais ralos, eu vou ter caminhos escritos na minha cara. E isso não me incomoda. Eu quero mais que um avanço da tecnologia, entende? Ela, não. Por isso falo cada vez menos. E gosto de beber quase sozinha.
Um dia me falaram assim: sabe aqueles escritos que não tem um final planejado, um objetivo definido?: os ensaios. Ah, eu sei sim! Conheço-os bem.
E eu suspiro não de cansaço, mas pela previsão do impossível em mim.
Ai, quanta matemática!
E vc, vc se cansa?
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
domingo, 6 de setembro de 2009
sua mensagem está sendo encaminhada para a caixa de mensagens e estará sujeita a cobrança...
vc já reparou que às vezes na vida, em tudo, dá caixa postal?
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
domingo, 16 de agosto de 2009
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
quinta-feira, 30 de julho de 2009
toda vez que a mala pesa de mais...
eu penso em fazer medicina e me especializar em tanatologia.
e sempre sempre sempre me lembro de uma fala de um personagem do seriado 'law & ordem special victms unit':
'o motivo pelo qual eu me transferi para esta unidade é que as vítimas não costumam reclamar'.
cansei.
preciso ver o mar
quinta-feira, 25 de junho de 2009
ela me disse mais ou menos isso no telefone
_ ama nada. isso não é amor! é costume...
_ costume?...
_ é. e costume pode ser muito pior do que amor, muito pior do que amor...
(ouvi da tv global da minha mãe, lá pelas seis horas de uma tarde. não pude deixar de anotar. no dia seguinte, uma amiga me telefonou)
regurgitando...
sexta-feira, 19 de junho de 2009
domingo, 17 de maio de 2009
terça-feira, 5 de maio de 2009
em porto alegre, 23 de outubro de 1960
'Ora, no meu sentir, até hoje há muito pouca coisa minha que eu assinaria...'
mário quintana
terça-feira, 28 de abril de 2009
do porquê os mosaicos não saem da minha cabeça ou ladrilhos novos
ultimamente, esse trocar de letras, tropeção no palavrório, muito me tem ocorrido, novamente; e volta e meia me percebo esbarrando num termo antes mesmo que termine de pensar ou de falar o inicial, criando, assim, meus vocábulos estapafúrdios (ou não) para expressar a minha sensação de mundo. ou, então, apenas trocando um termo por outro, dada a relação estreita, quase espremida, existente entre os dois.
há cinco minutos, estava a pensar em qual dia seria melhor ir viajar. se na sexta, feriado, ou se na quinta, a véspera (às vezes, me parece que todas as mehlores coisas do mundo se passam nas vésperas). cogitei a situação das estradas e me lembrei de que a estrada não seria o problema para mim, já que vou viajar no sentido contrário do fluxo das gentes. elas vem e eu vou. então, eu poderia ir na véspera, sem problemas, e ter mais tempo entre o ir e o vir. mas, aí, me lembrei de que quando chegasse no ponto final, impreterivelmente, cruzaria com a 'movimentária'. é, a movimentaria, aquele lugar onde todas as pessoas se reúnem, por alguns minutos que seja, para pegarem seus próximos destinos, ou destinos finais, eu sei lá da vida dos outros.
isso foi só um exemplo. e eu tenho muitos. até arranjei um pedaço no caderninho para eles, onde vou anotando anotando anotando (gosto de anotar. a vida, a minha, precisa disso).
e o que eu quero dizer aqui é que as palavras sabidas, às vezes não bastam. elas precisam de ajuda. e isso acontece, só e simples, porque não funcionam mais sozinhas.
é isso: as palavras sabidas, às vezes, não bastam.
domingo, 19 de abril de 2009
escrevendo pra dani-the-sweet
esses contos de crianças nos ensinam mal. ninguém me disse que uma cigarra podia ser formiga também. e que uma formiga, às vezes, poderia ter uma lado cigarra na vida. as pessoas não se conjugam no singular, afinal. e a nossa língua é tão perfeita que ser não possui a mesma dimensão que estar.
sexta-feira, 27 de março de 2009
retalhos de cetim
a voz não é essa, mas a música é. também não foi assim que eu ouvi, fazemos nossas livres traduções em tempos de guerra. eu ouvi na carioca, em janeiro, com vodcas e cigarros de exclusão, olhando pra cima e perguntando pra ele: ei, é comigo que vc tá falando? vcs não sabem do que eu senti com aquela voz. e, então, escuto a moça cantando todos os dias nos meus ouvidos surdos.
terça-feira, 17 de março de 2009
domingo, 15 de março de 2009
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009
francisco e eu
domingo, 1 de fevereiro de 2009
para a. pinheiro


http://www.divshare.com/download/6455152-d6a
clica no link, não consegui postar a música, mas o download é rápido;assim que a página for redirecionada, clica em skip ad e faz o download. vale a pena, que nem é tanta pena assim, a música é realmente bonitíssima)
Ojalá
Ojalá que las hojas no te toquen el cuerpo cuando caigan
para que no las puedas convertir en cristal.
Ojalá que la lluvia deje de ser milagro que baja por tu cuerpo.
Ojalá que la luna pueda salir sin ti.
Ojalá que la tierra no te bese los pasos.
Ojalá se te acabe la mirada constante,
la palabra precisa, la sonrisa perfecta.
Ojalá pase algo que te borre de pronto:
una luz cegadora, un disparo de nieve.
Ojalá por lo menos que me lleve la muerte,
para no verte tanto, para no verte siempre
en todos los segundos, en todas las visiones:
ojalá que no pueda tocarte ni en canciones.
Ojalá que la aurora no dé gritos que caigan en mi espalda.
Ojalá que tu nombre se le olvide a esa voz.
Ojalá las paredes no retengan tu ruido de camino cansado.
Ojalá que el deseo se vaya tras de ti,
a tu viejo gobierno de difuntos y flores.
Silvio Rodriguez
ouvi e me lembrei das palavras trocadas. não sei se o vinho, o sol, a tarde. tem sempre um pouco de medo/desejo em tudo, me parece.
imagens: todos: ballerinas dancing, Fogstock