terça-feira, 6 de outubro de 2009

ontem



Uma manhã pra mim. sem candidatos retestes ou chatices afins. Mas sem aproveitamento também. Fumei não sei quantos cigarros (tenho medo de contar as bitucas do cinzeiro), não consegui tomar café da manhã (sentia falta de desejo), perdi muito tempo na internet (como sempre) vendo nada. O que me salva são uns movimentos peristálticos que percebo agora, anunciando, talvez, uma possibilidade de evacuação (Eva-cu-ação). Eu tento, então.


Olha, eu tenho tantas coisas dentro de mim. e se eu tivesse tempo, fico pensando que, talvez, poderia fazer alguma coisa boa, alguma coisa realmente boa. Um bom poema que fosse, um único bom poema que fosse. As idéias vivem trancadas aqui dentro (pensei seria redundante dizer trancadas aqui dentro, mas, depois, descobri que não: elas poderiam também estar trancadas lá fora – o que seria mais difícil ainda. Ou não? Seria mais difícil se elas estivessem lá fora do que é agora, com elas presas no lado de dentro? Lá fora é mais longe que aqui, junto? E o que seria mais cruel?)

Cru.

Aqui está calor. Eu não tenho vontade de fumar. Mas também não tenho vontade de não fumar. E as pessoas por aí perdem tanto tempo debatendo coisas tão desimportantes. Que a minha beleza eu não canso mais com isso, não. Eu falo simples: deixa de lado os papéis de ontem, que a vida é viva. E só pronto acabou.

Ela me falou assim: ‘ele te transformaria numa nova mulher. Pareceria uma leõa’. “hã?” ‘é, uma mulher assim... uma leõa’. “ah, pereceria uma leõa, pensei”.

Eu não quero passar. Um dia meus cabelos vão ficar mais ralos, eu vou ter caminhos escritos na minha cara. E isso não me incomoda. Eu quero mais que um avanço da tecnologia, entende? Ela, não. Por isso falo cada vez menos. E gosto de beber quase sozinha.

Um dia me falaram assim: sabe aqueles escritos que não tem um final planejado, um objetivo definido?: os ensaios. Ah, eu sei sim! Conheço-os bem.

E eu suspiro não de cansaço, mas pela previsão do impossível em mim.

Ai, quanta matemática!

E vc, vc se cansa?



2 comentários:

P a t r i c i a disse...

O que me cansa na vida é a chuva por dias a fio.
Talvez nos vejamos em dezembro.
Aproveita o teu dia!!!!!
Não consigo encontrar inspiração pra te escrever alguma coisa especial, então vou te mandar vibrações na minha meditação, que é isso que importa, o que se sente.
Amo-te.
Pi

Dani disse...

tô que nem a pipa: cansada de chuva!

 
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