ultimamente, esse trocar de letras, tropeção no palavrório, muito me tem ocorrido, novamente; e volta e meia me percebo esbarrando num termo antes mesmo que termine de pensar ou de falar o inicial, criando, assim, meus vocábulos estapafúrdios (ou não) para expressar a minha sensação de mundo. ou, então, apenas trocando um termo por outro, dada a relação estreita, quase espremida, existente entre os dois.
há cinco minutos, estava a pensar em qual dia seria melhor ir viajar. se na sexta, feriado, ou se na quinta, a véspera (às vezes, me parece que todas as mehlores coisas do mundo se passam nas vésperas). cogitei a situação das estradas e me lembrei de que a estrada não seria o problema para mim, já que vou viajar no sentido contrário do fluxo das gentes. elas vem e eu vou. então, eu poderia ir na véspera, sem problemas, e ter mais tempo entre o ir e o vir. mas, aí, me lembrei de que quando chegasse no ponto final, impreterivelmente, cruzaria com a 'movimentária'. é, a movimentaria, aquele lugar onde todas as pessoas se reúnem, por alguns minutos que seja, para pegarem seus próximos destinos, ou destinos finais, eu sei lá da vida dos outros.
isso foi só um exemplo. e eu tenho muitos. até arranjei um pedaço no caderninho para eles, onde vou anotando anotando anotando (gosto de anotar. a vida, a minha, precisa disso).
e o que eu quero dizer aqui é que as palavras sabidas, às vezes não bastam. elas precisam de ajuda. e isso acontece, só e simples, porque não funcionam mais sozinhas.
é isso: as palavras sabidas, às vezes, não bastam.
4 comentários:
és fascinante. mesmo!
rs, muito legal cumadi: as palavras sabias às vezes não bastam!
Por onde andas? Foi viajar mesmo, ou temeu a movimentaria?
à espera de uma fresta para poder sair, dada a relação quase espremida existente entre...
todas as melhores coisas do mundo.
O melhor é o que se passa nas vésperas!
Na liturgia das horas- é o canto do cair do sol - a hora do crepúsculo, quando se volta pra casa ou não se quer mais estar só e agradecemos a Deus as graças recebidas e o que foi feito de bom.
Querida muito querida, aí está você, contando seus símbolos e talvez nem saiba o quanto!
É tão Ana este texto!
um beijo feliz.
oi minha flor!
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